sexta-feira, 24 de julho de 2009

imagens feitas por daignom

O que um fotógrafo amador pode nos dizer?


Muita coisa.


Sem teorizar muito, escolhi algumas imagens feitas pelo meu amigo Daignom.


Com uma câmera compacta que o mesmo carrega no bolso, ele nos mostra cenas noturnas (madrugada) realizadas na cidade de Santa Isabel/SP.


Nas ruas o movimento de pessoas diversas. Cenário urbano e humano, gerações e comportamentos. Seja como for, uma bela fotografia, não necessariamente tem que ser uma fotografia de algo belo. E um “documento” iconográfico não precisa ser um bom objeto estético.


Por fim, ai esta o registro parcial de uma realidade dentro de um tempo/espaço, fotografado pelo olhar de quem não esta preocupado com as belas formas impostas pela sociedade capitalista.

























citação - I

“Todos sabemos de fato que o que nos é dado a ver na imagem remete a uma realidade não apenas exterior, mas igualmente (e sobretudo) anterior. Qualquer foto só nos mostra por principio o passado, seja esse mais próximo ou distante”

DUBOIS, Philippe. O Ato Fotográfico.
Campinas/SP. Papirus. 1994. pp. 89.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

saida fotográfica - I

imagens que realizei na cidade de itaquaquecetuba - sp em 19/07/2009. um domingo muito frio e nublado.

http://www.itaquaquecetuba.sp.gov.br/v1/home/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Itaquaquecetuba


































domingo, 19 de julho de 2009

Fichamento - I : História Cultural

Este texto constitui um fichamento realizado por mim para avaliação (parcial) na disciplina de: Metodologia da Pesquisa I. Curso: História, Sociedade e Cultura - Latu Sensu - PUC-SP.Outubro de 2008.


PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. Coleção “História... Reflexões”. Editora Autentica. Capitulo V: Correntes, campos temáticos e fontes: uma aventura da História, pp. 69 -98.


Com novas fontes, universos temáticos e correntes historiográficas, a História Cultural apresenta-se como uma renovação contemporânea da historiografia. No texto: Correntes, campos temáticos e fontes: uma aventura da História podemos der de forma sistemática, aspectos significantes da História cultural. Esses aspectos (correntes, campos temáticos e fontes) são:
1 – Texto (escrita e leitura): construção da história a partir da analise de textos, de forma diferenciada dos paradigmas positivista, essa novas analises tentam atingir valores, aspirações, modelos, ambições e temores de indivíduos do período em que foi produzido o texto.
2 – Micro-história: com Carlo Ginzburg e Giovanni Levi como seus grandes expoentes, esta corrente historiográfica tem como objetivo partir do micro para iluminar o macro. Reduz a escala de análise explorando intensivamente um objeto de recorte limitado. Porem, alguns críticos apontam para um possível excesso interpretativo, uma super interpretação que pode levar para além do admissível. .
3 – Nova História Política ou História Cultural do Político: uma releitura do político pelo social, explorando o imaginário do poder, eficácia simbólica de ritos e imagens, mitos e crenças que levam homens a acreditarem em outros homens. Procura analisar também os meios de comunicação a serviço de entidades partidárias que utilizam imagens computadorizadas para representar uma suposta realidade. Dentro dessa corrente historiográfica que estuda as questões políticas, procura-se realizar um afastamento dos antigos paradigmas positivistas.
4 – A cidade apresenta-se como um dos Campos Temáticos com uma ampla produção já existente sobre esse tema, as discussões pautam-se em diversos aspectos relacionados a cidade, como por exemplo o imaginário urbano que se desdobra em estudos que buscam analisar as formas como as cidades são pensadas urbanisticamente, socialmente, higienicamente entre outras.
5 – História e Literatura: a relação entre essas duas áreas do conhecimento apresenta-se de forma expressiva dentro de História Cultural, compondo outro campo temático de estudo. Visando analisar aproximações e distanciamentos, a História cultural busca a literatura como uma fonte documental para se entender medos, sonhos, preconceitos, valores, formas de pensamentos de mundo de si próprias de pessoas do período em que o texto literário foi escrito. Para esse estudo é necessário a analise dos autores considerados mestres nessa arte como os mais medíocres, pois grupos sociais diferentes possuíam leituras também diferentes.
6 – As imagens também representam um outro campo de estudo da História Cultural. Esse tipo de documento vem sendo utilizado muito recentemente de forma mais abrangente pelos historiadores. Tendo o real como referencia, as imagens possuem grande teor de representação estabelecendo uma mediação entre o espectador e o produtor. Muitos questionamentos sobre a veracidade da imagem vêm sendo feitos pelos estudiosos da história, outra questão bastante discutida é sobre qual representação possui uma força maior, o texto ou a imagem. Tanto nas imagens como nos textos literários deve-se analisar como uma época é retratada, quais os sentimentos tentam ser transmitidos, quais os sonhos e fantasias de um tempo dado, ou quais os valores dado pelo produtor da obra.
7 – As identidades constituem um outro campo de pesquisa da História Cultural. Construção imaginaria, a identidade que também é uma representação social produz coesão social, permitindo uma identificação de uma parte com um todo, do individuo frente a coletividade. Representadas em uma multiplicidade de recortes (raciais, religiosas, étnicas, entre outras) a identidade surge como algo positivo na qual um indivíduo possa se considerar com pertencente.
8 – Mais um campo de pesquisa é a História do Tempo Presente nesta, o historiador é testemunha ocular, pois ele analisa acontecimentos que ainda estão ocorrendo e que não se conhece seu fim. Esta história em curso comporta riscos devido ao possível envolvimento do historiador com o fato em questão. Movimentos sociais e política contemporânea são alguns dos assuntos estudados por este campo da História Cultural.
9 – Memória e Historiografia. Discutindo escrita da história relacionada com a memória, ela investiga a memória mneme, que diz respeito a presença involuntária de imagens do passado no espírito e investiga também a memória anamnese memória esta que procura recuperar, de forma voluntária, alguma coisa que ocorreu no passado. As transformações ocorridas com os indivíduos no período do acontecimento e da lembrança juntamente com o esquecimento são questões também abordadas por quem trabalha no campo da Memória e Historiografia.
10 - Por fim algumas considerações sobre as fontes são levantadas pela autora, como a questão das fontes tradicionais sofrerem novas leituras, o fato de tudo se tornar fonte ou documento para a história, documentação oficial e não-oficial e a questão das imagens para o estudo da história. Porem, toda essa multiplicidade dependem do historiador para revelarem sentido, caso contrario são apenas traços do passado, material velho que nada de expressivo podem revelar.